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Como ser pai novamente após a vasectomia?

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A vasectomia é um método de esterilização definitivo. Ou seja, é um método que exige a decisão da homem e/ou do casal quanto a ter ou não filhos.
A vasectomia como método definitivo de esterilização, tem poder anticoncepcional quase de 100%. No Brasil, é exigido que tenha pelo menos 25 anos ou dois filhos vivos. É obrigatória o consentimento do cônjuge assim como é na laqueadura.
Para homens que realizaram a vasectomia, existem algumas possibilidades para conseguirem recuperar a fertilidade, ou seja, para serem pais novamente:
– Fertilização in vitro (FIV) com extração de espermatozoides do epidídimo (MESA): nesta técnica não depende de fatores femininos. Necessita-se de uma microcirurgia para extração de espermatozoides com posterior indução de ovulação, captação dos óvulos e posterior transferência do embrião pronto. O maior impeditivo é o custo.
– Reversão da vasectomia: nesta técnica depende muito do tipo de cirurgia feita na vasectomia, bem como a habilidade do urologista. É obrigatório que não tenha nenhum fator feminino envolvido, em especial fator tubário. Não existe garantia de sucesso, bem como o casal venha a engravidar naturalmente, bem como o alto custo envolvido semelhante a FIV.
Caso o casal venha a decidir por uma reversão de vasectomia, deve-se ter em mente que a mulher não tenha alteração hormonal nem tuba uterina obstruída. Bem como com uma boa reserva ovariana. Ou seja, não basta só fazer a cirurgia.
A avaliação e indicação de um homem que realizou vasectomia e deseja ser pai novamente deve ser feita com o médico geneticista e o urologista, com experiência em reprodução humana. Vale ressaltar que antes de qualquer tratamento de reprodução humana é necessário o aconselhamento genético.

Inseminação artificial: posso fazer?

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A inseminação artificial, também conhecida como inseminação intra-uterina (IIU) é uma das técnicas de reprodução humana de baixa complexidade ao lado do coito programado. Também é a principal procura de um casal a uma clínica de reprodução assistida.

Como técnica de baixa complexidade, depende muito de fatores do próprio casal para poder ser realizada, ou seja, não é todo casal que tem indicação ou mesmo beneficio da realização da inseminação artificial. Irei listar o necessário para realização de uma inseminação artificial:

– Sêmen de ótima qualidade: o exame do espermograma do marido ou do doador de sêmen devem ser classificados como normozoospermico, ou seja, não pode ter nenhum problema quanto a concentração, motilidade e morfologia do espermatozoide (Kruger);
– Tuba uterina pérvia: as tubas uterinas, também conhecidas como trompas de Falópio, devem estar perfeitas ou intactas; caso tenha obstrução ou mesmo uma hidrossalpinge, não é possível realizar a inseminação.
– Boa reserva ovariana: a mulher necessita ter uma boa reserva ovariana para que os remédios indutores de ovulação façam uma boa resposta. Tecnicamente, na inseminação artificial precisaremos de um ou mais folículos desenvolvendo.

A avaliação e indicação da inseminação artificial pode ser feita com o médico geneticista ou o ginecologista, com experiência em reprodução humana. Vale ressaltar que antes de qualquer tratamento de reprodução humana é necessário o aconselhamento genético.

Como escolher um doador de sêmen?

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Escolher doador de sêmen: esta é uma escolha difícil. Para muitas pessoas que pensam em fazer um tratamento de reprodução, ir ao banco de sêmen escolher um doador pode ser um tormento. Algumas situações o uso de banco de sêmen é mais que necessário para êxito nos tratamento de fertilização in vitro (FIV).

Casais homoafetivos femininos; produção independente; ou até mesmo em alguns casos de azoospermia; são alguns dos casos mais comuns de busca de um banco de sêmen. Este, por sua vez, está munido de um arsenal tecnológico para garantir o sigilo do doador bem como para poder oferecer o melhor para as pessoas que buscam seus serviços.

Primeiro, deve-se escolher qual será o banco de sêmen. Estes dividem-se, na sua totalidade, em nacionais ou internacionais. Vale ressaltar que o padrão de qualidade de ambos é semelhante. Tanto no quesito de doenças sexualmente transmissíveis bem como avaliação clínica do doador. Entretanto, ambos se diferem pelos exames genéticos que são feitos.

Os bancos de sêmen internacionais apresentam, assim que a pessoa decide os possíveis doadores, os painéis genéticos de compatibilidade de casais feito pelo doador. Isto é um diferencial. Com estes testes, é possível saber se o doador é portador de alguma alteração genética que poderia passar para os filhos. Muito mais do que saber cor de olho, cabelo e pele do doador, bem como sua etnia, é importante ter informações genéticas.

Muitas vezes, na escolha do doador, o seu fenótipo, ou seja, aparência, escolaridade, procedência é um critério a ser utilizado. Entretanto, uma vez observado alguma alteração genética naquele doador, deve-se utilizar de cautela, e inclusive do aconselhamento genético antes do tratamento de reprodução.  Vale ressaltar que utilizar banco de sêmen de bancos no exterior, a criança não ganha cidadania daquele país referente ao doador.

Reforço sempre que o médico geneticista é o profissional adequado caso o seu objetivo seja prevenção de malformações congênitas, mais do que ter um beta positivo, é ter um bebê saudável em casa.

Porque consulta de geneticista na reprodução é do casal?

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Todas as vezes que recebemos as indicações para passar por um médico geneticista, nos temas perdas gestacionais de repetição, reprodução humana e casamento de primos, ao falar com a secretaria, deparamos com a seguinte informação: é necessária a avaliação do casal e não da mulher.

Isto se deve ao fato de ser importantíssima a avaliação do casal como um todo, pois como união entre duas pessoas, tem suas peculiaridades. É necessário avaliar o histórico pessoal e familiar de cada cônjuge, sem isso o aconselhamento genético fica prejudicado, e consequentemente, perde sua principal função: oferecer riscos reprodutivos ao casal.

Outra informação importante relativa a aconselhamento genético do casal é que serão solicitados exames para os dois. Assim como serão analisado exames de cada cônjuge. Não é eticamente correto passar um resultado da esposa para o marido e vice-versa. Do ponto de vista prático, precisa avaliar os dois exames em conjunto, e não individualmente.

Ainda falando sobre exames, quando se fala em testes de compatibilidade de casais, ou painel de consanguíneos, ou até mesmo painel genético de primos, é impossível fazer a análise só com o material referente a mulher, pois para este exame ter algum resultado é preciso do exame do marido. Voltando mais uma vez quanto a necessidade da avaliação do casal como um todo.

Por fim, caso você tenha alguma consulta com médico geneticista agendada, e a sua principal queixa ainda é relativa à reprodução humana, perdas gestacionais ou casamento de primos, converse com o seu marido ou esposa, para que ambos vão a consulta, pois sem o conjunto do casal, a consulta pode ficar muito prejudicada.

PGT-SR: conheça o teste genético pré-implantacional para alterações cromossômicas estruturais

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Antes de tudo, existem diversas alterações estruturais do cariótipo, a mais comum na avaliação de casais são as translocações equilibradas. Entende-se como translocação, a troca de um pedaço do cromossomo com outro, que para a pessoas portadora não ocorre absolutamente nada.

Entretanto, casais em que um ou os dois parceiros apresentam-se com uma translocação mas pode ocorrer nos filhos de ter um filho desbalanceado ou perda gestacional precoce.  Durante muito tempo, quando o geneticista avaliava estes casais apresentavam os riscos, mas não havia muito o que ser feito.

Para estes casais, está indicado a realização de exames invasivos (amniocentese e cordocentese) durante a gravidez, em caso de gestação natural. Em caso de perda gestacional, a realização do cariótipo dos restos ovulares. Por muito tempo estas foram as únicas possibilidades. Hoje, já é possível a realização de tecnologias de reprodução assistida para auxiliar estes casais.

Com a evolução dos testes genéticos e da reprodução humana assistida, é possível analisar todos os embriões do casal obtidos a partir de fertilização in vitro. A análise embrionária é resultado de um teste genético pré-implatacional para aneuploidias (PGT-SR), como se fosse o “cariótipo” do embrião. Embriões com cariótipo normal seriam transferidos para a futura mamãe.

Concomitantemente, pode-se garantir para este casal que não irá ocorrer a alteração desbalanceada bem como aneuploidias, de gestações provenientes de embriões cromossomicamente normais.

De qualquer forma, converse com o seu médico antes de fazer quaisquer testes genéticos no embrião, bem como quais os benefícios da técnica utilizada, para que a escolha do teste correto seja feita baseada em evidências científicas.

Limites éticos da análise embrionária e do teste genético em embriões

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Antes de tudo, este artigo é baseado em documentos oficiais das sociedades científicas internacionais relativas a reprodução assistida. Não irei levar em consideração diferentes religiões, histórias de vida e questões morais inerentes a sociedade brasileira.

A análise embrionária com os testes genéticos pré-implantacionais fazem parte do cotidiano de reprodução humana e genética médica. De certa forma, quando se fala em questões bioéticas, considera-se alguns fatores, e principalmente os quatro princípios da bioética.

A sociedade americana de medicina reprodutiva (ASRM) preconiza que deve ser oferecido o teste genético pré-implantacional para aneuploidias (PGT-A) a todos os casais em que a idade materna é superior a 35 anos. A partir do teste, nunca deve-se implantar o embrião alterado.

Para as doenças monogênicas, esta mesma sociedade preconiza que doenças monogênicas, como a anemia falciforme e a fibrose cística, pode ser oferecido ao casal o teste genético pré-implantacional para doenças monogênicas (PGT-M). Doenças com penetrância incompleta, como a síndrome de câncer de mama e ovário hereditário e angioedema hereditário, pode ser oferecido esta mesma tecnologia.

Em casais que um dos parceiros apresenta uma translocação equilibrada, também pode ser oferecido o teste genético pré-implantacional para alterações cromossômicas estruturais (PGT-SR). Semelhante ao PGT-A, observa-se as aneuploidias e além disso as alterações no embrião proveniente da translocação.

Obedecendo ao princípio da autonomia do sujeito e o fundamento principal do aconselhamento genético, observa-se que o casal tem o direito de poder escolher se irá ou não realizar o teste genético. A beneficência está bem claro, pois a partir daquela geração, não mais ocorrerá a doença genética previamente descrita na família bem como reduziria o risco de ocorrência de doenças genéticas no futuro bebê.

A equidade e a justiça estão intimamente ligados, visto que as técnicas de análise embrionária não são para todos os casais que desejam ter filhos. Há indicações formais para se fazer ou não. A não maleficência, por si só, avaliando-se o casal, a técnica não traz prejuízos para o casal, bem como ao embrião.

De qualquer forma, converse com o seu médico e realize o aconselhamento genético antes de fazer quaisquer teste genético no embrião, bem como quais os benefícios da técnica, para que a escolha do teste correto seja feita baseada em evidências científicas.

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Produção independente e reprodução humana

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Com a sociedade cada vez cobrando por desempenho e graduação, a vida pessoal e a vida reprodutiva cada vez mais é deixada de lado. Hoje, muitas mulheres adiam a gestação, seja por questões educacionais e profissionais, ou por falta de um parceiro.

Você sempre se imaginou ser mãe? Porque deveria esperar por um príncipe encantado? A cada dia, muitas mulheres solteiras recorrem à reprodução assistida para poder realizar o sonho da maternidade e de ter um bebê.

A produção independente sempre existiu, muitas vezes por um pai omisso ou um parceiro que não assumiu a criança. Mas este texto é relativo a mulheres que buscam a maternidade, sem a necessidade de ter um parceiro.

Se você deseja assumir a maternidade e ter um bebê, independentemente de ter um parceiro, as tecnologias de reprodução assistida poderão lhe auxiliar. É possível contratar um serviço de reprodução humana e utilizar banco de sêmen.

No Brasil, está disponível bancos de sêmen nacionais e internacionais. A diferença seria quanto aos padrões étnicos, bem como as informações sobre o doador. Também é possível fazer teste genético no doador, semelhante ao teste genético para casais de primos. Há bancos de sêmen que já fazem testes genéticos prévios, incluindo-se o cariótipo.

Pode se realizar a inseminação artificial ou fertilização in vitro (FIV), dependendo de cada caso. Caso você ainda não esteja pronta para iniciar uma família, pode ser realizado o congelamento dos óvulos, para preservação de fertilidade. Esta tecnologia também está disponível.

Caso a decisão seja partir para produção independente utilizando reprodução assistida, é interessante a realização de acompanhamento psicológico concomitantemente as consultas. Também é importante a avaliação com geneticista, bem como o aconselhamento genético antes do tratamento.

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Síndrome dos ovários policísticos (SOP): dificuldade para engravidar

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As causas de infertilidade feminina são divididas em três: fator tubário, endometriose e fator ovulatório. Dentro do fator ovulatório, a principal causa de alteração da ovulação é a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma condição que afeta mulheres em idade fértil e altera os níveis de múltiplos hormônios, resultando em problemas que afetam muitos sistemas do corpo e principalmente a ovulação.

A principal característica que afeta as mulheres com síndrome dos ovários policísticos é o excesso de hormônios sexuais masculinos (andrógenos), uma condição denominada hiperandrogenismo. Apresentar a desregulação hormonal acarreta ao crescimento excessivo de pelos no corpo, também conhecido como hirsutismo; acne; e até mesmo calvície.

A desregulação hormonal e o excesso de hormônios masculinos alteram a ovulação e o ciclo menstrual. Níveis anormais dos hormônios que regulam o ovário fazem com que não ocorra a liberação dos óvulos; além de longos períodos de menstruação, levando a ciclos irregulares e anovulatórios. Esta duas características podem levar a dificuldade para engravidar.

Para as mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) que atingem a gravidez natural, há um risco aumentado de complicações e de perda gestacional espontânea. Devido a menstruação irregular, períodos longos anovulatórios e as alterações hormonais, estas mulheres apresentam risco maior de desenvolver câncer de endométrio.

Na síndrome dos ovários policísticos (SOP), durante a realização da ultrassonografia transvaginal, é observado a imagem do ovário de aspecto micropolicístico, ou seja, apresentando múltiplos pequenos cistos em cada ovário. Estes cistos são pequenos folículos ovarianos imaturos.

Normalmente, os folículos ovarianos contêm precursores de óvulos, que são liberadas durante a ovulação. Na síndrome dos ovários policísticos (SOP), a presença da desregulação hormonais fazem com que não ocorra o crescimento dos folículos e posterior amadurecimento para liberar óvulos, levando a períodos longos anovulatórios.

Em contrapartida, por conta desta alteração hormonal, os folículos imaturos se acumulam nos ovários. As mulheres afetadas podem ter 12 ou mais desses folículos. O número desses folículos geralmente diminui com a idade.

Mais da metade das mulheres com síndrome dos ovários policísticos apresentam-se com sobrepeso ou obesidade e estão em risco aumentado de esteatose hepática. Além disso, muitas mulheres com síndrome do ovário policístico apresentam níveis elevados da insulina, hormônio responsável por controlar os níveis de açúcar no sangue.

Aos 40 anos, cerca de 10% das mulheres com excesso de peso com síndrome dos ovários policísticos desenvolvem diabetes tipo 2, e até 35% desenvolvem pré-diabetes. Obesidade e aumento dos níveis de insulina piora os níveis hormonais.

Cerca de 20% dos adultos afetados experimentam a apneia do sono, ou seja, pausas na respiração durante o sono. Mulheres com síndrome dos ovários policísticos são mais propensas a ter transtornos de humor, em especial a depressão, comparação com a população em geral.

Do ponto de vista reprodutivo, por conta dos longos períodos sem ovular, existe um leque de possibilidades de tratamento, utilizando reprodução assistida. Desde métodos mais simples até o mais complexo, compreendendo desde inseminação à fertilização in vitro.

Cada caso deve ser individualizado durante a escolha da tecnologia de reprodução assistida, visando não só o uso racional das tecnologias, bem como o custo-efetividade de cada técnica. O ideal é sempre buscar uma equipe multiprofissional, incluindo um médico geneticista para auxiliar no melhor tratamento e atingir o sonho de ser mãe.

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Cuidados com a mulher: a saúde e a autoestima

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Em comemoração ao dia internacional da mulher, hoje, dia 08 de março, irei falar sobre os cuidados gerais que qualquer mulher deve ter consigo mesma. Inicialmente os cuidados com a pele, com uso de protetor solar, além dos cuidados específicos da mulher.

Anualmente, toda mulher deve realizar o exame preventivo, ou também conhecido Papanicolau. Neste exame é utilizado o espéculo, também conhecido como bico de pato, para poder se examinar toda a extensão da vagina. É colhido o material do colo uterino para avaliação de doenças sexualmente transmissíveis e a infecção pelo vírus papiloma humano (HPV).

O HPV é um vírus assintomático em homens, e é uma das principais DST’s. Pode levar ao câncer de colo uterino e ao câncer de pênis (em homens). Com o exame preventivo é possível diagnósticar precocemente e iniciar o quanto antes o tratamento do HPV.

Além do papanicolau, é importante a realização do exame das mamas. A principal prevenção do câncer de mama é o auto-exame das mamas. A consulta com o ginecologista também é importante. Nela é examinada também as mamas e posteriormente solicitado exames complementares.

Nos exames complementares, a partir dos 25 anos é realizada a ultrassonografia das mamas, e após os 40 anos a mamografia. Vale ressaltar que há muita confusão entre nódulos e tumor de mamas. Em geral nódulos são benignos, e não requerem tantos cuidados.

Além desses exames, é sempre bom deixar as sorologias em dia. No cuidado que toda mulher tem que ter, sempre se é avaliado presença de outras DST’s, como HIV, hepatites virais e sífilis. Em casos sintomáticos também é avaliado a clamídia e a gonorreia.

Estar bem com a saúde é sinónimo de qualidade de vida. E nesta também não podemos esquecer a questão da autoestima. Entende-se como autoestima o quanto a pessoa gosta de si mesma. Hoje com o culto a beleza, cada vez mais as mulheres vem perdendo sua autoestima.

A construção da autoestima é um desafio que você tem como aliado os profissionais de saúde. Eles estão trabalhando para lhe auxiliar. Deve-se ter em mente que saúde não é ausência de doença e sim um bem estar físico, mental e social.

Na minha prática médica, reforço sempre à questão da autoestima da mulher, principalmente falando-se em cuidados com as perdas gestacionais e infertilidade conjugal. Recuperar a autoestima da mulher é um dos principais focos para o cuidado.

Baixa reserva ovariana é quando ocorre a diminuição de óvulos medidos por exames complementares, serve como preditor de tecnologia de reprodução assistida cio número de óvulos

Baixa reserva ovariana: quando cai o número de óvulos de uma mulher

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Quando se fala em reserva ovariana, ou melhor, o quanto de óvulos uma mulher tem, devemos ter em mente alguns conceitos. Inicialmente, diferentemente do que ocorre no homem, em que é produzido espermatozoides todos os dias. Os óvulos de uma mulher são os mesmos do dia que nasceu.

Normalmente uma mulher nasce com um número finito de óvulos, que a partir da primeira menstruação (menarca), todos os meses sai dos ovários um óvulo para este ser fecundado durante período fértil. O ciclo menstrual é composto de 28-30 dias, em média, e inicia-se no primeiro dia da última menstruação (DUM).

Para avaliação da reserva ovariana, sempre é solicitado três exames. O primeiro deles são os hormônios que normalmente se é solicitado por qualquer ginecologista. O ideal é ser coletado no terceiro ou quarto dia do ciclo, fase que é chamada fase folicular precoce, este melhor prediz como está ocorrendo o funcionamento dos ovários.

Além desse exame é importante solicitar o hormônio anti-mülleriano, um exame que entrou na rotina por meados de 2012, que de forma muito fidedigna consegue predizer a reserva ovariana. Não há data ideal para colher, é um exame simples de sangue, e que traz muitas respostas. Nas mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP), este valor pode estar muito aumentado.

Ainda durante a avaliação da reserva ovariana, é solicitado uma ultrassonografia transvaginal, a ser realizado por volta do 14-21 dia do ciclo, em que é realizada a contagem dos folículos antrais (CFA). Esta medida é mais um marcador para predizer a reserva ovariana. Infelizmente esta ultrassonografia transvaginal é realizada apenas em centros de reprodução assistida.

A reserva ovariana serve para melhor guiar na escolha dos medicamentos a serem utilizados na reprodução assistida. Quando ocorre a baixa reserva ovariana, deve-se realizar a investigação, incluindo a realização do exame do cariótipo. A idade da mulher é o principal fator para reserva ovariana. A reserva ovariana também auxilia durante o congelamento dos óvulos.

O ideal é sempre buscar um médico geneticista para realizar a investigação correta da baixa reserva ovariana, bem como verificar quais as melhores possibilidades para realizar o sonho de ser mãe.

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